segunda-feira, 13 de julho de 2009

Atividade 7

Capítulo 6 do livro didático:

Página 103: ler
Página 104: ler
Página 105: ler
Página 106: ler e responder a ativ. 1
Página 107: responder as atividades 2 e 3
Página 108: ler
Página 109: ler e responder a ativ. 5
Página 110: responder as atividades 6, 7 e 8
Página 111: ler sobre Formação de Palavras e responder as atividades 9 e 11
Página 112: ler
Página 114: ler a partir de Atividades
Página 115: realizar as atividades 13(letras A e B), 15(letras: A, B e C), 16(letras A e B)
Página 116: realizar as atividades: 17(letra A), 19, 20, 21. Fazer os Exercícios Complementares: 22 e 23
Página 117: exercícios 24, 25, 26, 27 (letra A) e 28

Por enquanto é só isso, pessoal!
As atividades serão todas conferidas em aula!

Bom trabalho!!!

Um beijo em cada um!
Profe Mariléia

sexta-feira, 10 de julho de 2009

SOBRE A ESCUTATÓRIA:

Alegrete, 7 de julho de 2009.
Prezado Rubem Alves:

As pessoas, sem querer, falam e ouvem demais, mas se todos cuidassem mais de suas vidas e suas maneiras de agir, tudo seria mais fácil, alguns têm como hábito cuidar mais dos outros do que de si próprio, as pessoas precisam ter certeza no que falam e para quem vão passar algo que não tem garantia que seja verdade, os que ouvem preferem julgar do que corrigir, sendo que deviam adquirir como costume se autocontrolar, saber o limite quando está entre o público. Nem todos pensam igual, mas eu em particular concordo com o texto, o silêncio é bom e prático, com ele demonstramos muitas coisas e adquirimos também. Se todos soubessem ouvir o tanto quanto sabem falar, muitas coisas ruins não estariam acontecendo no nosso dia-a-dia, os resultados não seriam tão desagradáveis, pois todos seriam justos. Acho que seria um dos melhores investimentos para o nosso mundo, algo que iria contribuir a toda a nação, uma escola de escutatória, pois além de falar na hora certa e coisas corretas, saberiam também ouvir. Com o silêncio interior, teríamos muito mais chances de entender melhor as pessoas e a nós mesmos, nosso mundo e nosso coração agradeceriam. Amadurecer essa idéia e fazer com que ela se torne realidade pode até ser difícil, mas o resultado seria maravilhoso .
Atenciosamente,
Natali Paradzinski

ESCUTATÓRIA - RUBEM ALVES

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma“. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver e preciso que a cabeça esteja vazia.Faz muito tempo, nunca me esqueci. Eu ia de ônibus. Atrás, duas mulheres conversavam. Uma delas contava para a amiga os seus sofrimentos. (Contou-me uma amiga, nordestina, que o jogo que as mulheres do Nordeste gostam de fazer quando conversam umas com as outras é comparar sofrimentos. Quanto maior o sofrimento, mais bonitas são a mulher e a sua vida. Conversar é a arte de produzir-se literariamente como mulher de sofrimentos. Acho que foi lá que a ópera foi inventada. A alma é uma literatura. É nisso que se baseia a psicanálise...) Voltando ao ônibus. Falavam de sofrimentos. Uma delas contava do marido hospitalizado, dos médicos, dos exames complicados, das injeções na veia - a enfermeira nunca acertava -, dos vômitos e das urinas. Era um relato comovente de dor. Até que o relato chegou ao fim, esperando, evidentemente, o aplauso, a admiração, uma palavra de acolhimento na alma da outra que, supostamente, ouvia. Mas o que a sofredora ouviu foi o seguinte: “Mas isso não é nada...“ A segunda iniciou, então, uma história de sofrimentos incomparavelmente mais terríveis e dignos de uma ópera que os sofrimentos da primeira.Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.“ Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais às duas mulheres do ônibus. Certo estava Lichtenberg - citado por Murilo Mendes: “Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas.“ Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pela revolução de 64. Pastor protestante (não “evangélico“), foi trabalhar num programa educacional da Igreja Presbiteriana USA, voltado para minorias. Contou-me de sua experiência com os índios. As reuniões são estranhas. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, como se estivessem orando. Não rezando. Reza é falatório para não ouvir. Orando. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas. Também para se tocar piano é preciso não ter filosofia nenhuma). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que julgava essenciais. Sendo dele, os pensamentos não são meus. São-me estranhos. Comida que é preciso digerir. Digerir leva tempo. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir são duas as possibilidades. Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava eu pensava nas coisas que eu iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.“ Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.“ Em ambos os casos estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.“ E assim vai a reunião.Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. E música, melodia que não havia e que quando ouvida nos faz chorar. A música acontece no silêncio. É preciso que todos os ruídos cessem. No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Me veio agora a idéia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa - quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar. Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto... (O amor que acende a lua, pág. 65.)Fonte: http://rubemalves.locaweb.com.br/hall/wwpct3/newfiles/escutatoria.php

domingo, 5 de julho de 2009

Redação de Vestibular - Tema: gosto musical.

  • Pessoal, como não consegui fazer parágrafo nesta droga de blog, falhei linha entre o título e a introdução e entre cada paráfrafo para vocês perceberem claramente a estrutura da Redação, mas ATENÇÃO!!! Isso não deve ser feito durante a escritura do texto na folha definitiva. Beijo da profe MARILÉIA
Título: Um outro tipo de preconceito.

Apesar de termos a liberdade de escolha e a democracia a nosso favor, pessoas de várias “tribos musicais” são discriminadas e rotuladas pela sociedade. Este é um outro tipo de preconceito, o preconceito musical.

A música é uma forma de expressão pessoal, como um pintor expressando seus sentimentos no quadro. Todos temos direito de nos expressar. Isso é a parte da personalidade de cada um, expressar ideias no trabalho, na política de sua cidade, e em todos os lugares onde haja comunicação e respeito às opiniões individuais.

A expressão é também a base da evolução. E as músicas de hoje não são iguais as de 20 anos atrás; tudo está evoluindo constantemente. É o que acontece também com as roupas, com a televisão e com todos os outros meios que envolvem as pessoas e suas opiniões.

A música representa um sentimento diferente para cada pessoa. Devemos aceitar os gostos musicais alheios, como aceitamos a opção sexual de cada um. No mundo de hoje não há mais espaço para preconceitos.
Gabriela Viana